FI Strat - Conversor FI para Payload de Balão EstratosféricoEnquadramento: O estudo, desenvolvimento e construção modular de satélites, requer competências e tecnologia, que ainda não possuímos, mas que poderemos obter por transferência ou aquisição tecnológica. Uma das formas possíveis de alcançar esses patamares de conhecimento, conseguem-se através da abordagem experimental. É aqui que a simulação de satélites feita através de balões estratosféricos merece a nossa atenção. Hoje, tal como no passado recente, muitos dos grupos interessados e capazes de produzir hardware e mais tarde software para as missões com satélites, quer da NASA, quer da ESA e ROSCOSMOS, iniciaram-se com projectos e sucessivas abordagens feitas com payloads lançados em balões estratosféricos. Uma dessas lendas foi o então jovem estudante de engenharia Karl Meinzer (DJ4ZC) hoje professor jubilado da Universidade de Marburg, na Alemanha, um dos fortes promotores e construtores de moderníssimos satélites de comunicações, que voam no espaço com sucesso. A recente criação no IST-TAGUS do Centro Espacial Português, veio potenciar essas aplicações, quer pelo seguimento e exploração terrestre de múltiplos satélites, quer também pelo estudo, construção, lançamento e exploração sub-orbital de sistemas desenvolvidos e produzidos localmente. Começaram a ser exploradas novas abordagens, que tem por fim a construção de um satélite educativo, capaz de transportar novos desafios e aplicações; trata-se do ISTnanosat-1. Justificam-se assim novas temáticas e abordagens intermédias, como forma de aquisição e desenvolvimento de novas tecnologias, necessárias ao seu desenvolvimento. Objectivos: Pretende-se realizar um sistema retransmissor, de baixo consumo e peso, capaz de receber e retransmitir sinais de rádio, entre faixas de frequência cruzadas, fazendo a transladação de espectro de VHF para UHF, e permitindo o envio simultâneo de dados adquiridos durante o voo, que traduzam quer do seu funcionamento e monitorização interna, quer de outros dados ambientais e atmosféricos externos. O payload do satélite simulado, pode comportar a transmissão de imagens com cor, emitidas por ATV na faixa de frequência de 1.3 GHz, incluindo sonoridades. O satélite simulado, pode comportar um sistema de posicionamento por satélite, que transmita dados relativos com a sua posição e altitude, de molde a poder seguir e controlar o voo, que se espera poder estabilizar entre 25.000 a 30.000 metros de altitude. No final, pode ser controlada e produzida a separação do payload do satélite sub-orbital, permitindo a descida por pára-quedas, e a sua aterragem em lugar determinado. O tempo de voo, poderá ascender a cerca de 16 a 28 horas ou mesmo mais, dependendo de diversos factores, inclusive da sua própria autonomia. Descrição: Baseado em modelos e estruturas legalmente permitidas, com planos de frequência previamente autorizados, como por exemplo um uplink de 145 MHz e um downlink de 435 MHz, desenvolver uma placa de FI (frequência intermédia) capaz de receber sinais provenientes de UP e DOWN converters, a partir de -90 a -80 dBm na recepção, para uma largura de banda controlada por software, entre 50 a 200 KHz, e que permita excitar entre 0 dBm e +10 dBm um andar amplificador de potência para 435 MHz, com uma potência máxima de 500 mW a 2 W. Orientação: Moisés Piedade, Rui M. Rocha; apoio da AMRAD |